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O prazer de advogar

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No mês em que a advocacia é comemorada é importante destacar algumas questões que a torna uma das mais nobres atividades profissionais.

O advogado cuida dos problemas que afetam a vida pessoal ou patrimonial das pessoas. Questões que interferem acentuadamente na sua rotina, prejudicam suas atividades e podem afetar sua saúde mental e até mesmo física. O objetivo dessa profissão é a busca de um dos maiores valores almejados pela humanidade: a realização da justiça.

É preciso que o encanto de advogar seja divulgado. O prazer de desvendar o caso concreto, clarear seus pontos relevantes e adequar essa realidade ao Direito, desvelando nas normas e nos princípios jurídicos a resolução do problema. Conseguir fazer essa relação e encontrar a forma certa de expressá-la, através da argumentação jurídica, é a tarefa rotineira do defensor.

Existe um sentimento de realização pessoal no êxito de uma conciliação proposta. Também na descoberta daquele ensinamento doutrinário adequado ao interesse casuístico ou na decisão jurisprudencial que deu provimento a um pedido análogo. O trabalho de construir um bom texto, mesmo que simples, mas claro, objetivo e convincente, capaz de fundamentar adequadamente uma tese e depois, quem sabe, ser até mesmo referido como uma das motivações da sentença, é o exercício pleno do trabalho do advogado.

Mais ainda, a advocacia possibilita a descoberta de novos rumos na construção do Direito, através da inovação jurisprudencial. É quando se abrem caminhos para a resolução do problema judicial que se está tratando.  Essa decisão inédita pode servir para outros casos, tecendo uma rede de proteção àqueles que ainda não encontraram a previsão legislativa justa e adequada.

Essas atividades rotineiras na profissão do advogado são comparáveis ao momento em que um médico consegue o diagnóstico correto, através da análise de um exame laboratorial, ou mesmo da eficiente tradução dos sintomas apresentados pelo paciente, abrindo os primeiros caminhos para a cura; ou quando o professor consegue detectar, através da avaliação do processo educacional, o fator impeditivo da aprendizagem de seu aluno, decidindo pela instrumentalização pedagógica adequada para a superação do problema. Na psicologia, esse momento é comparável ao momento em que o psicólogo consegue desvendar o fator desencadeador dos traumas de seu paciente e traça os caminhos adequados para o tratamento. São momentos rotineiros, mas norteadores e indispensáveis para o êxito profissional.

O trabalho do advogado é uma missão de relações humanas delicadas. Ele tem uma importante participação num momento da vida de seu cliente em que ele está fragilizado e deposita no profissional não somente sua confiança, mas a esperança de encontrar a própria paz. Por isso um espírito ético e humanitário deve integrar a postura profissional.

Apesar de ser árdua e trabalhosa, a advocacia tem momentos gratificantes por ser um verdadeiro exercício de humanidade e promoção da cidadania.

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